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- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2009-12-17 | [This text should be read in portugues] |
Acaba de ser inaugurada na galeria do Centro Cultural Português/Instituto Camões (CCP/IC) de Luanda, a exposição de António Ole, considerado um dos mais importantes artistas plásticos angolanos da atualidade. A exposição ficará aberta ao público até 29 de Janeiro 2010.
Na pele da Cidade, o título da mostra, “representa para António Ole o completar de um ciclo de trabalho iniciado na década de setenta, quando, simultaneamente o interesse pela fotografia e arquitetura ocuparam um espaço considerável nas suas inquietações quanto ao seu futuro professional”, afirma-se numa nota divulgada pelos organizadores da exposição, que tem curadoria do próprio Ole e de João Pignatelli, director do CCP/IC de Luanda. Além das fotografias sobre as construções dos musseques (conjuntos habitacionais que viraram tipo favelas), a exposição apresenta uma das obras da série Township Walls. A obra foi criada na cidade de Dusseldorf (Alemanha), em Julho de 2004, para a exposição África Remix, apresentada no Museum Kunst Palast, e itinerou depois por Londres (Hayword Gallery), Paris (Centre Pompidou), Tóquio (Mori Museum), Estocolmo (Moderna Museet) e Joanesburgo (Johannesburg Art Gallery). “Esta exposição, que circulou por vários continentes e cidades, foi vista por mais de dois milhões de visitants”, refere a nota. A exposição conta também com outro projecto multidisciplinar de Ole, designado Margem da Zona Limite, que apresenta fotografias de casas em ruínas das zonas marginais de Luanda, destacando-se ass colagens de cascas de paredes, (re)trabalhadas pelo artista plástico. “As paredes são peles que guardam nas suas rugas a memória de tudo o que acontece a uma cidade. São superfícies que guardam, como uma impressão, o registo do tempo, de tudo o que aconteceu dentro delas, em seu redor, sobre elas”, escreve o crítico de arte Delfim Sardo num texto incluído no catálogo da exposição.
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